Seis tendências estratégicas em Cloud Computing

Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro

Seis tendências estratégicas em Cloud Computing

CIOs estão tornando-se mais criativos no que diz respeito a tirar partido das mais recentes ofertas e economias de escala relacionadas à nuvem.

O modelo de Cloud Computing ajudou muitas empresas a transformarem as suas práticas de TI ao longo dos últimos cinco anos, mas os peritos concordam que o mercado entrou em uma segunda onda de serviços de cloud públicos, privados e híbridos.

Segundo pesquisa recente da Forrester Reseach, 38% dos decisores de grandes empresas disseram estão trabalhando com clouds privadas, com 32% procurando serviços de cloud pública e os restantes planejando implementar algum tipo de tecnologia de nuvem este ano. O segmento de cloud híbrida está também muito dinâmico com 59% dos inquiridos adotando este modelos.

A necessidade das empresas incrementarem os recursos de computação para melhor servir os clientes está contribuindo para acelerar a adopção, afirma o analista da Forrester Research, Dave Bartoletti à CIO.com.

A Amazon Web Services (AWS) deu o pontapé inicial para a primeira onda de cloud computing quando lançou serviços básicos de computação e armazenamento em 2016. Em Fevereiro deste ano, a AWS geria serviços de mais de 14 mil milhões de dólares, para clientes como a Capital One, a LiveNation ou a Ancestry que tiram partido da infraestrutura AWS.  “Reconhecemos que estávamos gastando muito tempo, energia, esforço e gestão de largura de banda para criar infraestruturas que já existem e que estão em um estado muito melhor , evouindo a uma velocidade incrível”, disse o CIO da Capital One, Rob Alexander.

Mas, as opções não ficam apenas nas da AWS. A Microsoft, o Google e a IBM também estão abrindo novos data centers a um ritmo elevado, atraindo grandes empresas para as suas nuvens. Muitas clouds especializadas surgiram nos últimos meses.

De acordo com muitos CIOs entrevistados pela Computerqoel, há seis tendências que estão moldando a segunda onda de adoção de nuvem.

1 – Crescimento da co-localização
Com a maioria dos CIOs procurando acabar com os seus data centers proprietários, mas sem saber em que “cavalo apostar”, muitos estão optando por serviços de co-localização, assinala Bartoletti, da Forrester. Este tipo de serviço permite aos CIOs mudar os seus sistemas para data centers compartilhados, podendo tirar partido da conectividade com vários serviços quer de IaaS quer de SaaS.

“O mais interessante da co-localização é que se está perto de uma conexão de alta velocidade com qualquer fornecedor de cloud pública”, assinala Bartoletti. “Simplifica ter uma estratégia multi-cloud”. Também facilita aos CIOs testar serviços da AWS, Azure ou Google Cloud sem estar totalmente comprometido até que a empresa esteja pronta para migrar seus sistemas.

2 – Contenção de custos de Cloud Computing
Os CIO que têm de lidar com vários fornecedores de Cloud estão envolvidos “até à cintura” na gestão complexa desse fornecimento, uma área para a qual muitos gestores são inexperientes. A AWS, a Microsoft e o Google estão tornando a tarefa mais difícil ao disponibilizarem vários planos de consumo de serviços. A AWS, por exemplo, cobra alguns dos seus serviços por número de mensagens enviadas ou número de mensagens enviadas por hora.

“A gestão de custos de Cloud constitui um grande desafio e só está ficando ainda mais complexa”, diz Bartoletti. Um líder de TI confessou-lhe que precisava contratar uma pessoa apenas para ajudar a escolher e negociar contratos de nuvem, acrescentou.

Mesmo assim, os executivos de TI estão a conseguindo conter os custos da nuvem à medida que as suas práticas amadurecem. Bartoletti diz que um arquiteto de Cloud de uma grande empresa de software economizou 300 mil dólares em uma despesa de 2,5 milhões só com o monitoramento do consumo. Ferramentas de gestão de custos do tipo Cloudability, Cloud Cruiser e Cloudyn podem ajudar.

3 – Uso do hiperconvergência na nuvem privada
Bartoletti diz que, enquanto outros clientes da Forrester estão citando a segurança como uma razão para se deslocar para serviços de cloud pública, nem todos os CIO querem aceitar riscos associados à confiança do cliente e à cessão de dados confidenciais a um fornecedor externo. Ao contrário das nuvens públicas, os serviços de cloud privada requerem virtualização avançada, normalização, automação, acesso com auto-serviço e monitoramento de recursos. Conjugar essas capacidades num sistema coeso é assustador e caro.

As soluções de infraestrutura hiperconvergente (HCI) prometem ajudar, oferecendo recursos de computação, armazenamento e rede pré-integrados que ajudam as organizações a fazer a suas implementações de cloud funcionarem mais rapidamente. A Forrester recomenda que as organizações considerem a HCI como a base para o desenvolvimento de cloud privada, particularmente para novos volumes de trabalho que exigem escalas rápidas e automatizadas. “Apresentam muitos avanços para ajudar as empresas a criarem clouds privadas que funcionam como clouds públicas”.

4 – Há um “container” para isso
O uso de “containers” ou invólucros de virtualização capazes de permitir que os programadores façam a gestão e a migração de código de forma mais fácil  tem florescido nos últimos anos. Muitas empresas estão usando containers para permitir a portabilidade entre os serviços da nuvem da AWS, da Microsoft Azure e da Google Cloud à medida que desenvolvem as suas estratégias de DevOps para uma produção de software mais rápida, diz Bartoletti.

Mas a nova prática representa novos desafios. As empresas têm de lidar com novos problemas de segurança, monitoramento, armazenamento e rede que surgem à medida que os invólucros são implantados amplamente em produção. “O primeiro passo deve ser avaliar os prós e contras de ter uma plataforma de PaaS privada local em vez de uma plataforma de desenvolvimento em cloud pública gerida, mas pode-se precisar de ambas “, diz Bartoletti.

5 – Pegue e faça a migração das aplicações de cloud
Algumas empresas estão transpondo aplicações para ambientes de cloud públicas, aproveitando serviços de migração, em vez de simplesmente despejarem aplicações existentes para a nuvem. A melhor opção para mover uma aplicação é reescrevê-la para a mesma poder aproveitar a elasticidade da nuvem, embora o processo de migração e mudança possa ser dispendioso.

“As ferramentas de migração devem acelerar a taxa de adoção da cloud, dado o seu baixo custo para processos em massa”, diz Bartoletti.

6 – Aplicações de negócio chegam à cloud
Várias empresas estão alojando aplicações críticas de negócio na AWS, sugerindo que os CIOs se tornaram mais confortáveis com o alojamento desse software na cloud pública. A Dollar Shave Club executa software Analytics Spark na AWS, por exemplo e outras organizações estão executando aplicações comerciais, como sistemas SAP, na AWS.

“As empresas estão transformando ideias fantásticas em software e perspectivas aprofundadas de informações mais rapidamente, e a nuvem é a melhor plataforma para obter essas visões a partir de dados empresariais”, diz Bartoletti.

Fonte: CIO.

Texto original:
http://cio.com.br/tecnologia/2017/06/20/seis-tendencias-estrategicas-em-cloud-computing/